
Resumo
- A Justiça dos EUA decidiu que a Meta não precisa vender o WhatsApp e o Instagram, rejeitando a alegação da FTC de monopólio.
- O tribunal destacou o crescimento de plataformas como o TikTok, indicando um mercado de redes sociais mais dinâmico.
- A FTC expressou desapontamento e planeja recorrer da decisão.
A Meta não será forçada a se desfazer do WhatsApp e Instagram, conforme uma decisão hoje da Justiça dos Estados Unidos. Foi um revés para a Comissão Federal de Comércio (FTC), que argumentava que a companhia manteve um poder de monopólio ilegal no que chama de mercado de “redes sociais pessoais”.
A ação, que se arrastava nos tribunais estadunidenses há anos, buscava reverter as compras que consolidaram o poder da Meta. A FTC alegava que as aquisições do WhatsApp e do Instagram foram estratégicas para sufocar a concorrência.
Erro na definição de mercado
De acordo com o juiz distrital James Boasberg, a agência falhou em provar que a Meta monopolizou o mercado de redes sociais ilegalmente. Nas palavras do juiz, “o cenário que existia há apenas cinco anos, quando a Comissão Federal de Comércio apresentou esta ação antitruste, mudou notavelmente”.
Com isso, o tribunal reconheceu que o ecossistema atual é mais amplo e dinâmico, forçando a FTC a considerar concorrentes que não se encaixam na definição inicial de redes sociais. O argumento da Meta citou o rápido crescimento de plataformas como o TikTok.
A FTC se diz “profundamente desapontada” e afirma estar revisando o caso para apresentar um recurso. Essa é a segunda grande derrota antitruste da agência contra a Meta, que perdeu um processo contra a aquisição da startup de fitness em realidade virtual Within.
Relembre as aquisições

Quando ainda era Facebook, a Meta expandiu seu império digital a partir da aquisição de concorrentes — não muito diferente do que faz agora, na era da IA. As duas maiores operações, centro do processo antitruste, foram as compras do Instagram e WhatsApp.
A primeira, com o Instagram, ocorreu em abril de 2012, por um valor aproximado de US$ 1 bilhão em dinheiro e ações. A transação foi concluída apenas dois anos após o lançamento do app (e poucos meses após a chegada da versão para Android).
Dois anos depois, em fevereiro de 2014, foi a vez do app de mensagens WhatsApp. A operação foi ainda maior, avaliada em cerca de US$ 22 bilhões, um dos maiores negócios da história da tecnologia até então. Um ano antes, o Snapchat resistiu às investidas de Mark Zuckerberg.
Justiça dos EUA decide: Meta não precisa vender WhatsApp e Instagram
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