Lenovo anuncia minicomputador para IA e fabricação local de workstations

A Lenovo anunciou nesta terça-feira (02/12) a produção local de parte de sua linha de workstations. Os três modelos a serem fabricados em Indaiatuba (SP) são as torres ThinkStation P3 Tower G2 e P2 G2, além do laptop ThinkPad P16v G3. Além disso, o minicomputador ThinkStation PGX, voltado para IA, será importado e vendido no mercado nacional.

Os computadores apresentados contam com GPUs Nvidia RTX Pro com a arquitetura Blackwell, voltada a aplicações de inteligência artificial, podendo chegar a 3.500 TOPS (trilhões de operações por segundo). A título de comparação, um Copilot+ PC precisa ter 40 TOPS para receber essa marca.

Outros componentes importantes são a CPU Intel Core Ultra 9 e a RAM, que pode chegar a 256 GB (P3 Tower), 96 GB (ThinkPad P16v) ou 128 GB (P2). A fabricação das novas torres começou no fim de outubro. Já a do ThinkPad será iniciada em janeiro de 2026.

Minicomputador para IA

A Lenovo também apresentou o ThinkStation PGX, que não será fabricado localmente e sim importado. Ele conta com um superchip Nvidia GB10 Grace Blackwell, voltado para treinamento e desenvolvimento de IA.

O “minisupercomputador” não funciona de maneira independente, precisa do ser conectado a um notebook ou desktop. Além disso, ele pode ser empilhado, dobrando a capacidade de processamento. A ideia é depender menos da nuvem para criar e testar ferramentas.

Na parte de storage, a empresa anunciou o ThinkSystem DE Series. Ele equipa o supercomputador da Petrobras. A linha conta com sete anos de garantia e promete ser fácil de instalar, configurar e gerenciar. O modelo é escalável até aproximadamente 8 PB, e conta com modelos híbridos e all-flash.

Crise de RAM e sucesso da IA

A Lenovo aposta na diversificação para driblar a crise no preço das memórias RAM — os componentes tiveram uma subida considerável nos últimos meses, devido à grande demanda representada pela inteligência artificial.

Segundo a companhia, sua presença em 180 países é um diferencial, permitindo uma cadeia de suprimentos muito mais ampla. “Está todo mundo indo na Ásia, mandando um Pix para o cara e mandando entregar RAM. A Lenovo não”, diz Erick Pascoalato, general manager da companhia no Brasil. Mesmo assim, ele admite que pode haver um aumento nos custos.

O executivo também comentou os relatos de que a IA não tem entregado os resultados esperados para as empresas. Para ele, o principal é identificar o uso mais importante para o negócio, que nem sempre é um assistente. “Você tem que encontrar um propósito para isso”, avalia.

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