
Resumo
- Meta estuda adotar TPUs do Google em seus data centers a partir de 2027, reduzindo a dependência da Nvidia, segundo o The Information.
- As ações da Nvidia caíram 4% após a notícia, enquanto a Alphabet registrou alta.
- Se o acordo avançar, a gigante das redes sociais pode se tornar uma das principais clientes externas das TPUs do Google.
A Meta estuda adotar chips desenvolvidos pelo Google em seus data centers de inteligência artificial, reduzindo sua dependência da Nvidia, segundo o The Information. A possibilidade de mudança fez as ações da empresa de chips recuarem 4% hoje (25/11).
De acordo com o site, as negociações entre Meta e Google incluem dois movimentos distintos: a adoção dos chips Tensor Processing Units (TPUs) diretamente nos data centers da Meta a partir de 2027 e o aluguel dessas unidades por meio do Google Cloud já no próximo ano. Caso o acordo avance, a Meta se tornaria uma das principais clientes externas das TPUs.
Queda nas ações da Nvidia
A sinalização gerou impacto no mercado financeiro. As ações da Nvidia caíram 4% somente hoje, mas chegaram a registrar queda de mais de 7% ontem (24/11). A Alphabet registrou alta depois dos novos avanços se tornarem públicos.
Desde 2018, quando lançou a primeira geração das TPUs, o Google tem reforçado sua estratégia de oferecer chips próprios para cargas de trabalho de IA. Ao longo dos anos, a empresa apresentou versões mais eficientes e dedicadas a processamento de modelos avançados, destacando-se justamente por serem unidades altamente customizadas.
Segundo a CNBC, essa personalização é um diferencial que pode atrair clientes interessados em diminuir sua dependência da Nvidia e ampliar a oferta de hardware disponível.
Disputa pela infraestrutura de IA
A Meta segue como uma das maiores investidoras globais em infraestrutura de IA, com projeção de gastos entre US$ 70 bilhões e US$ 72 bilhões neste ano. Por isso, qualquer movimento de diversificação tem peso significativo no setor.
A adoção das TPUs seria uma vitória simbólica e comercial para o Google, que disputa um espaço dominado pela Nvidia há quase duas décadas, especialmente graças ao ecossistema CUDA — base de mais de 4 milhões de desenvolvedores.
A Nvidia continua na liderança absoluta do segmento, com GPUs amplamente utilizadas para treinar e operar modelos de IA em larga escala. Outras fabricantes, como a AMD, perderam terreno com a entrada mais agressiva do Google nesse mercado.
Meta pode adotar chips do Google e pressionar a Nvidia
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