Óculos smart são banidos em navios de cruzeiro

Resumo
  • MSC Cruises baniu o uso de óculos inteligentes em áreas públicas de seus navios por motivos de privacidade e segurança.
  • A proibição não impede que passageiros levem os dispositivos, mas o uso é restrito a cabines e áreas privadas.
  • Outras empresas, como a Carnival Cruise Line, têm políticas diferentes.

Os óculos inteligentes, que começam a ganhar espaço entre consumidores e empresas de tecnologia, agora enfrentam restrições fora do ambiente urbano. A MSC Cruzeiros, gigante do setor, implementou uma diretriz que proíbe o uso desses dispositivos em áreas públicas de seus navios.

A companhia marítima alega preocupações com privacidade, segurança e gravações não autorizadas a bordo.

MSC Cruzeiros veta uso em áreas comuns dos navios

A companhia marítima incluiu os óculos inteligentes na lista de itens que não podem ser utilizados em áreas públicas de suas embarcações.

Segundo a política da empresa, dispositivos “capazes de gravar ou transmitir dados de forma discreta (por exemplo, óculos inteligentes)” não devem ser usados em espaços comuns do navio, como restaurantes, piscinas e corredores.

A MSC informou ao jornal USA Today que a medida entrou em vigor em julho. O Tecnoblog checou e, por enquanto, essas orientações não estão disponíveis no site da companhia em português.

A proibição não impede que os passageiros levem os aparelhos na bagagem. O uso, porém, fica restrito às cabines, áreas privadas e locais fora do navio, durante paradas em terra.

Em comunicado enviado à imprensa, a MSC explicou que “óculos inteligentes e dispositivos similares estão listados entre os itens proibidos para garantir que nossas equipes de segurança possam intervir e confiscar o dispositivo em caso de uso indevido”.

A empresa acrescentou: “Essa medida existe exclusivamente para proteger a privacidade e a segurança de todos os hóspedes e tripulantes.”

Outras empresas adotam a mesma postura?

A abordagem varia entre os tipos de empresa. A Carnival Cruise Line, outra companhia de cruzeiros, permite o uso de óculos do tipo Google Glass em áreas públicas, mas proíbe o equipamento durante operações de embarque e desembarque.

Já a companhia aérea Delta Air Lines afirma que seus funcionários não podem utilizar óculos inteligentes enquanto trabalham, reforçando a cautela do setor de transporte com esse tipo de tecnologia.

Empresas que atuam na área de entretenimento, porém, veem o uso com bons olhos — em algumas situações, até incentivam. É o caso da Walt Disney, que tem oferecido óculos inteligentes aos visitantes do Parque da Disney para aprimorar a experiência de realidade estendida nas visitas.

Proibição em meio à expansão do mercado

Apesar da restrição, o mercado de óculos inteligentes segue em expansão. Em setembro, a Meta apresentou a segunda geração do Ray-Ban Meta e novos smart glasses da Oakley. Nós testamos alguns produtos no Meta Connect, nos Estados Unidos.

O Ray-Ban Meta chegou ao país por R$ 3.299. O Oakley Meta HSTN desembarcou em outubro pelo preço de R$ 3.459, enquanto o Oakley Meta Vanguard, voltado para esportes, ainda não foi lançado no mercado nacional.

Mas o que chamou atenção no evento de lançamento foram os Meta Ray-Ban Display Glasses, óculos smart com tela translúcida e controle por gestos. São os primeiros do tipo anunciados pela Meta.

Com eles, é possível interagir com aplicativos, graças à conexão com o smartphone. Os Meta Ray-Ban Display Glasses ainda não estão disponíveis oficialmente no Brasil, mas a expansão para outros países é prevista para o começo de 2026.

Nos EUA, eles custam US$ 799 (cerca de R$ 4.370, em conversão direta).

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