Premier League obtém vitória para identificar donos de sites piratas

Resumo
  • A Premier League obteve uma ordem judicial nos EUA para que a Cloudflare revele dados de operadores de sites de streaming ilegal.
  • A decisão se baseia na lei de direitos autorais dos EUA (DMCA) e visa combater a pirataria que ameaça receitas de transmissão.
  • No Brasil, a Operação 404 bloqueou 535 sites e um aplicativo de streaming ilegal, com apoio de países como Argentina e Reino Unido.

A Premier League, responsável pela primeira divisão do futebol inglês, conseguiu uma ordem judicial nos Estados Unidos que obriga a Cloudflare a fornecer informações sobre os operadores de dezenas de sites de streaming ilegal da competição.

A decisão, divulgada pelo portal TorrentFreak, se baseia em uma intimação emitida sob a lei de direitos autorais dos EUA (DMCA) e determina que a Cloudflare entregue dados cadastrais associados aos domínios investigados. Entre as informações exigidas estão nomes completos, endereços, emails, números de telefone, dados de pagamento e registros de IP usados na administração das contas.

A Cloudflare é uma empresa de infraestrutura de rede que fornece serviço para milhões de sites pelo mundo.

A lista de alvos

O pedido judicial inclui uma relação extensa de domínios conhecidos por retransmitir jogos da Premier League sem licença. Entre eles, aparecem nomes populares no ecossistema da pirataria esportiva, como futemax.la (variação do site popular no Brasil). Alguns dos endereços são:

  • hesgoal.watch
  • ronaldo7.me
  • futemax.la
  • pirlotvenvivo.club (alvo de redirecionamento do pelotalibrevivo.net)
  • 247sport.org
  • bingsport.site
  • 4k-yalla-shoot.info (que redireciona para yallashootspro.com e 3arabsports.net)
  • antenasport.org
  • deporte-libre.click
  • dooball345.com (redireciona para dooball345s.com e dooball345x.com)
  • goaldaddyth.com
  • librefutboltv.su
  • livesports088.com (redireciona para keelalive52.com)
  • ovogoaal.com
  • rbtvplus17.help (redireciona para fctv33.work)

Com o acesso às informações da Cloudflare, a Premier League pretende avançar para ações judiciais diretas contra os responsáveis pelos sites, que, mesmo quando oferecem conteúdo gratuito, costumam gerar receita por meio de publicidade e esquemas de redirecionamento.

Liga defende direitos de transmissão

A ofensiva jurídica ocorre para garantir a proteção de receitas bilionárias. A venda de direitos de transmissão é a principal fonte de renda da liga inglesa, e a proliferação de serviços de IPTV e sites de streaming gratuitos é vista como a maior ameaça a esse modelo de negócio.

Diferentemente dos bloqueios de IP em tempo real, que são aplicados em parceria com provedores de internet, esta ação nos EUA busca atacar a raiz do problema: a infraestrutura e a responsabilidade civil dos operadores.

Até o momento, a Cloudflare não comentou publicamente sobre a intimação específica, mas a empresa costuma cumprir ordens judiciais e repassar os dados cadastrais dos clientes denunciados.

Combate no Brasil

No Brasil, o enfrentamento à pirataria digital tem sido conduzido principalmente por meio da Operação 404, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A iniciativa chegou à oitava fase neste ano, que levou ao bloqueio ou suspensão de 535 sites e de um aplicativo de streaming ilegal.

Assim como ocorre em ações internacionais, sites especializados em transmissões ilegais de futebol aparecem de forma recorrente entre os alvos da operação, que conta com a participação da Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Reino Unido. Já os Estados Unidos e o México acompanham como observadores e estão interessados na metodologia adotada pelo Brasil para combater a pirataria digital.

Premier League obtém vitória para identificar donos de sites piratas

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