Até pouco tempo atrás, ter um consultor financeiro era coisa só para quem tinha muito dinheiro; muito mesmo. Investir de maneira correta, que faça seu dinheiro realmente trabalhar para você e render, não é pra qualquer um – é preciso entender de economia e, principalmente, do mercado financeiro. Quer dizer, era! O que já é realidade em alguns países começa a ganhar força no Brasil; investimentos e consultoria financeira através de robôs. Antes de entender a novidade, esqueça a ideia de robôs humanóides que ameaçam a existência humana. Estamos falando de tecnologia pura: algoritmos e inteligência artificial automatizaram o processo de investimento que agora estão disponíveis online…para qualquer um. Cem reais são suficientes para começar…sobe som
A Patrícia começou a investir há pouco mais de seis meses; é novata na área. Bastante ansiosa e insegura (afinal quando o assunto é dinheiro, a maioria de nós também é), antes de encontrar uma plataforma online automatizada, pesquisou e até leu livros para entender um pouco mais do assunto e tentar investir por conta própria. No final das contas, a veterinária se viu perdendo muito mais tempo com siglas e números do que com o que realmente lhe interessa: bichos!
Esses robôs são na verdade programas e algoritmos. Em uma primeira etapa, são responsáveis por identificar o perfil do cliente; se ele é um investidor mais agressivo ou totalmente conservador.
Em uma segunda etapa, já sabendo o perfil daquele cliente, outro algoritmo um pouco mais complexo diz qual é a melhor combinação de ativos do mercado para cada tipo de investidor. O robô também analisa informações de bancos de dados e oscilações nos valores de uma ação ao longo do tempo, por exemplo, para identificar o melhor momento de comprar ou de vender determinado ativo. Esse tipo de análise é feita inúmeras vezes em frações de segundos.
Claro, esses serviços também cobram uma taxa para cuidar assim, de forma tão metódica, do seu querido dinheiro – mas os valores são bem inferiores aos cobrados pelos bancos. Com as duas fintechs que conversamos, a Magnetis cobra 0,04% do valor investido – ou seja, se você investir 10 mil reais, vai pagar 4 reais. Já a Warren, que aceita investimentos a partir de 100 reais, cobra 0,8% ao ano sobre o patrimônio líquido do fundo. Esses valores são, em média, um terço do que cobram as grandes instituições financeiras. Além disso, é um serviço bastante diferente do que, quem já investe, está acostumado nos bancos ou corretoras.
Quando o assunto é dinheiro, o que a gente mais quer e segurança. Muita gente ainda fica com um pé atrás com esses tipos de serviços. Afinal, que garantia se tem de que essas startups não vão quebrar e sumir com a grana? Todas essas startups fazem questão de explicar: não são elas que ficam com seu dinheiro, elas apenas oferecem o serviço automatizado para administrar seus investimentos.
Via olhardigital