O feito foi anunciado nesta quinta-feira, 1º de março, quando a empresa divulgou que havia levantado mais US$ 150 milhões em uma rodada de investimentos, colocando sua valorização acima do patamar base para ser comparado à criatura mitológica.
Ao contrário do que fazem muitas startups, este novo aporte de capital não vem como forma de contrabalancear uma geração insuficiente de caixa. “O Nubank já gera caixa operacional desde o ano passado, então o objetivo da captação não é operacional, e sim garantir alavancagem financeira para suportar o acelerado crescimento que temos visto desde o nosso lançamento”, afirma David Vélez, fundador da empresa.
De fato, nos últimos tempos, o Nubank tem se preocupado em ir além do cartão de crédito roxo sem anuidades que fez a empresa ganhar tanta popularidade no primeiro momento. Primeiro, a empresa anunciou o Nubank Rewards, um programa de recompensas para quem usa o cartão, e a NuConta, uma conta-pagamento que coloca o dinheiro para render mais do que a poupança no momento em que a quantia é depositada. Em agosto, a empresa afirmou estar estudando também a possibilidade de oferecer empréstimos, e recentemente a empresa obteve autorização para operar como financeira, então esses devem ser os próximos passos da empresa.
A primeira empresa a atingir este patamar no Brasil foi a 99, que alcançou este valor quando a gigante chinesa Didi Chuxing anunciou a aquisição da empresa de transporte. Em seguida, veio o PagSeguro, que chegou à marca após sua oferta inicial de ações na bolsa de Nova York, quando levantou US$ 2,3 bilhões, com uma capitalização de mercado total de quase US$ 10 bilhões na cotação atual de suas ações. Vale notar, no entanto, que alguns analistas relutam em chamar o PagSeguro de startup por estar vinculado a uma grande empresa como o UOL e estar atuando no Brasil há um bom tempo.