O que é o software usado pela polícia do Rio para investigar celulares no caso Henry Borel

Direcionado a autoridades policiais, Cellebrite Premium é um serviço israelense que permite o desbloqueio de aparelhos e a recuperação de dados apagados. Empresa já forneceu solução para a Lava Jato.

A Polícia do Rio de Janeiro utilizou um programa de computador para investigar o celular e forneceu provas contra o vereador Dr. Giarino e a professora Monique Medeiros (Professora Monique Medeiros), que tentaram impedir o filho na quinta-feira (08). Presos para investigação de a causa da morte, Henry Borel (Henry Borel) tem 4 anos.

O Cellebrite Premium é vendido por uma empresa israelense para uso por policiais. De acordo com a empresa, ele tem capacidade técnica para desbloquear vários telefones. A empresa forneceu produtos para a Polícia Federal investigar a operação “lava-carros”.

Segundo o chefe da Polícia Municipal do Rio, ele foi comprado para investigar o caso Henry Bauer e foi “prestativo”, e concluiu que o padrasto de Henry, Giarino, o agrediu. Tanto o deputado quanto a mãe do menino negaram envolvimento em sua morte.

O que é o Cellebrite Premium?

Trata-se de uma série de serviços prestados pela empresa israelense Cellebrite, que fornece tecnologia para a perícia em aparelhos eletrônicos.

A Cellebrite tem vários concorrentes nesse mercado, mas é um dos nomes mais famosos. Como a empresa promete comercializar suas soluções apenas para policiais, a disponibilidade do serviço é limitada.

De acordo com documentos da própria empresa, o software Cellebrite Premium tem capacidade técnica para desbloquear vários telefones Android e iOS (iPhone).

A empresa também fornece suporte de laboratório para “especialistas em certificação digital inteligente”.

No entanto, o produto não é à prova de falhas. A lista de dispositivos compatíveis é constantemente atualizada e não será disponibilizada publicamente. A empresa explicou no documento que a versão do sistema também afeta as operações.

O que ele faz?

Os detalhes do funcionamento dos serviços da Cellebrite são segredos comerciais. Normalmente, um conjunto de tecnologias com software e hardware é usado para desbloquear o telefone, ou pelo menos extrair qualquer informação possível do dispositivo, incluindo dados excluídos.

Os fabricantes de telefones celulares não criaram nenhum mecanismo para que as autoridades policiais desbloqueiem o dispositivo. Se esses mecanismos forem criados, todos os consumidores estarão em risco se os “segredos” desbloqueados caírem em mãos erradas.

Portanto, a experiência em bloquear telefones costuma usar brechas de segurança.

As soluções técnicas profissionais costumam utilizar um mecanismo de coleta para facilitar este trabalho e copiar os dados na íntegra. Isso ajuda a recuperar dados perdidos ou excluídos.

Como é possível recuperar dados apagados?

Por regra, sistemas digitais como computadores e smartphones não “apagam” nenhuma informação, explica o jornalista Altieres Rohr. Em vez disso, remove-se apenas a referência e o espaço é marcado como livre.

“De certo modo, é como tentar apagar uma parte de um livro retirando apenas o nome do capítulo no sumário. O texto permanece lá, mas não existe mais a referência para encontrá-lo”, explica Rohr.

Como a memória é fixa, não há opção de “arrancar as folhas” como no livro. Na exclusão final, cada página deve ser reescrita manualmente, substituindo os dados anteriores por páginas em branco ou texto aleatório.

Em telefones celulares, regravar informações encurtará a vida útil da memória do dispositivo e aumentará o número de operações, o que também terá um impacto na vida útil da bateria. Com o método usado hoje, a exclusão é realmente instantânea.

Por outro lado, excluir arquivos por meio da substituição de dados é mais lento do que copiar novos arquivos do mesmo tamanho.

Mas isso não significa que os dados excluídos estarão sempre disponíveis. Com o tempo, novos arquivos devem ser salvos no espaço livre deixado pelas informações excluídas. Isso tornará o rastreamento cada vez mais incompleto até que o resto não seja mais útil.

Com informações do G1

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