Na ocasião, em 1973, Martin Cooper, engenheiro da Motorola, fez a primeira chamada de um telefone portátil. Do outro lado da linha estava Joel Engel, chefe da Bell Labs, originalmente o braço de pesquisa e de desenvolvimento da AT&T.
“Joel, aqui é Marty. Eu estou te ligando de um telefone celular, um telefone celular portátil de mão real”, disse Cooper. As empresas eram rivais na época e o engenheiro aproveitou para exibir o seu invento.
“Portátil”, obviamente, é um adjetivo questionável, já que o modelo DynaTac tinha 33 cm de altura, 4,5 cm de largura e 8,9 de espessura; era o sinônimo do tijolão. Além disso, pesava 749 gramas e possuía autonomia de oito horas em modo de espera e uma hora de conversação; também não tinha visor e precisava de 10 horas de recarga para ser usado.
O aparelho já tinha passado por alguns testes em Washington e foi apresentado por Cooper em uma conferência de imprensa no Manhattan Hilton. Na época, a Motorola estava tentando convencer a FCC (Comissão Federal de Comunicações, em inglês), a disponibilizar mais bandas de frequência para conseguir comercializar a tecnologia.
Apesar de a ligação ter sido feita nos anos 70, o celular já estava sendo desenvolvido desde a década de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, baseado em comunicação por rádio. E ainda assim, levou quase uma década para se tornar popular.