Will Cathcart, chefe do WhatsApp, disse à Folha de S. Paulo que o Telegram “reteve uma cópia da mensagem” enquanto o Signal carecia de “outros recursos, como videochamadas”. O executivo aceitou entrevista com a repórter Patrícia Campos Mello sobre as mudanças na política de privacidade do aplicativo e o aumento da concorrência.
Cathcart disse: “Muitas pessoas usam o Telegram mais como uma rede social, com um grupo enorme, um canal enorme e o público quer entrar em contato com seus seguidores.” Ele acrescentou que há “privacidade real nos aplicativos dos concorrentes e segurança problemas”.
Sobre a Signal, o executivo apenas afirmou que o WhatsApp é mais “confiável” e que os dados armazenados só são necessários para “garantir a segurança do pessoal e combater atividades ilegais como tiroteio em massa”. Por outro lado, o Signal registra apenas o número de telefone do usuário.
Na verdade, os concorrentes têm visões diferentes. O criador do sinal, Moxie Marlinspike (que trabalhou com o WhatsApp para implementar a tecnologia criptográfica), afirmou que a empresa foi criada sob a premissa de que a vigilância em grande escala é impossível, especialmente a vigilância em grande escala por governos e empresas.
“Isso representa nossa diferença fundamental ao pensar em conceitos como privacidade, segurança e confiança. Não achamos que segurança e privacidade estejam relacionadas ao gerenciamento” responsável “dos dados sob nosso controle, mas sim a como fazer com que seus dados não sejam afetados por outros (incluindo nós), ”explicou Marlinspike.
Cathcart disse: “Acreditamos que o WhatsApp ainda deve ser um aplicativo para conversas entre duas pessoas, um espaço privado adequado para pequenos grupos.” O executivo acrescentou: “Sabemos que as pessoas podem escolher outros aplicativos de mensagens. É nossa responsabilidade manter o WhatsApp como o melhor opção.”