YouTube desativa comentários em milhões de vídeos após denúncias de pedofilia

O roteiro parece ser o mesmo que vimos antes: alguém encontra um problema no YouTube, a plataforma não…

O roteiro parece ser o mesmo que vimos antes: alguém encontra um problema no YouTube, a plataforma não reage imediatamente, empresas começam a suspender anúncios, aí os vídeos e canais infratores são removidos.
Desta vez, o problema foi revelado pelo YouTuber Matt Watson. Ele pesquisou por “bikini haul” (teste de biquíni) e clicou nos vídeos recomendados na seção “Próximo”, no canto superior direito do YouTube. Em poucos cliques, ele foi levado a vídeos de garotas jovens.
Watson explica que os vídeos não foram feitos para serem pornográficos, mas os comentaristas marcavam os momentos em que as meninas ficavam em posições mais comprometedoras. Pior: os usuários até trocavam links para pornografia infantil. Ele chamou isso de “comunidade de pedofilia soft-core no YouTube”.
Uma vez que você visita esses vídeos, o algoritmo do YouTube passa a recomendar apenas esse tipo de conteúdo. “Isso facilita o trabalho dos pedófilos”, diz Watson. Claro, alguns desses vídeos têm anúncios e são monetizados.
YouTube reage após perder anunciantes
Empresas como Disney, Nestlé e Epic Games (criadora de Fortnite) pausaram seus anúncios no YouTube após a polêmica, de acordo com a Bloomberg. Enquanto isso, a operadora AT&T disse à CNBC: “até que o Google possa proteger nossa marca contra conteúdo ofensivo de qualquer tipo, estamos removendo toda a publicidade do YouTube”.
Em 48 horas, o YouTube removeu milhares de comentários inadequados em vídeos de menores de idade; encerrou mais de 400 canais pelos comentários deixados nesses vídeos; e removeu dezenas de vídeos que deixavam jovens em risco (mesmo que tenham sido publicados sem malícia).
O YouTube diz que os vídeos em questão receberam um total de apenas US$ 8 mil, valor que será reembolsado às empresas anunciantes. Além disso, o algoritmo de recomendação foi ajustado para limitar o alcance de vídeos com comentários predatórios.
Já vimos uma história semelhante antes. Em 2017, descobriu-se que alguns vídeos infantis no YouTube traziam conteúdo violento, ofensivo ou até mesmo erótico. Empresas começaram a suspender anúncios na plataforma. Depois disso, foram removidos milhares de vídeos infratores.
Com informações: Ars TechnicaTechCrunch.
Total
0
Shares
0 Share
0 Tweet
0 Share
0 Share
0 Pin it
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Related Posts